• Frase de um facínora enquanto apontava um revólver para a cabeça de uma senhora, durante um assalto, em Belém: “Eu sou menor, eu não vou preso, posso estourar teus miolos que eu não vou preso.” É isso o que dá quando as leis de um país são feitas por políticos da mesma laia, ou por bacharéis de águas-furtadas e filhos da Lua. E a tal Anistia Internacional ainda quer que a polícia enfrente essa escória inútil e assassina com uma chupeta...
• Para o GG do ponto G (“Grande Garanhão de Garanhuns”): “Algumas pessoas começam a falar um momento antes de pensar” (Jean de la Bruyère, 1645-1696, escritor francês).
• Saúde Pública no Brasil: campo fértil para o dr. Mengele...
• “A saúde está chegando à perfeição”, disse o GG do ponto G em uma de suas viagens.
• Enquanto isso, mandacaru flora no Palácio, e a menina-moça não quer mais sapato baixo...
EINSTEIN E OS “BURACOS NEGROS”
A gravidade atrasa o tempo e dobra o espaço. Tais questões voam em face do senso comum. Entretanto, elas têm sido confirmadas por relógios colocados no topo de torres que funcionam mais rápido do que na base, por atrasos de sinais de radares, e por raios de luz curvados quando eles passam através do campo gravitacional do Sol. Mas estes efeitos são tão insignificantes que eles podem ser detectados somente pelos mais sofisticados instrumentos. Se eles fossem somente a conseqüência da teoria da relatividade, as idéias de Einstein teriam perdido muito de sua vitalidade. Em vez disso, a segunda metade do século vinte testemunhou uma forte revivificação das idéias de Einstein em diversas frentes que esta era veio a ser vista como a “idade de ouro” da relatividade. Isso foi devido em grande parte a uma série de descobertas de objetos astronômicos, um mais extraordinário do que o outro. Sem dúvida, as criaturas mais peculiares neste fantástico zôo astrofísico são os “buracos negros.”
O conceito de buraco negro tinha sido germinado muito antes do advento da relatividade. O filósofo Inglês John Mitchell (1724-1793) tinha-o proposto já em 1783. O matemático Francês Pierre Simon de Laplace (um dos que havia entoado os méritos do determinismo e orgulhosamente respondeu a Napoleão que ele não teve necessidade de postular o Senhor Arquiteto a fim de explicar o mundo) também já o tinha mencionado em sua obra prima Le Système du Monde (O Sistema do Mundo), publicada em 1796. Seu raciocínio era muito simples. Requer-se uma velocidade mínima para se livrar de um campo gravitacional. Por exemplo, é necessária uma velocidade mínima de 11km/s para se escapar da gravidade da Terra, e 617km/s para superar a do Sol. Agora assuma a existência de um objeto massivo com uma gravidade tão grande que a velocidade de escape excede a velocidade da luz. Em tal caso, a luz não pode escapar dessa massa, e o objeto aparecerá negro. Naturalmente, o nome “buraco negro” ainda não havia aparecido naquela época – ela foi cunhada pelo físico Americano John Wheeler (1911-) em 1967. Laplace chamou tais objetos “corpos celestiais oclusos.” Esse assunto adormeceu por mais de um século, por falta de uma teoria mais avançada e observações mais acuradas.A idéia era bastante avançada para a época.
Quando Einstein apresentou as equações da relatividade geral em 1915, ele imediatamente compreendeu que elas prediziam a existência de objetos cuja gravidade era tão grande que a luz não podia escapar. Mas mesmo o revolucionário Einstein não estava preparado para aceitar noção tão estranha. Ele sentia talvez que suas equações não valessem mais quando a gravidade se tornasse infinita. Sua visão era que a Natureza tinha de ser suficientemente engenhosa para poupar-nos de tais criaturas bizarras. Ele escreveu trabalhos nos quais ele decididamente se tornou público contra a existência dos buracos negros. O resultado, é que ele estava errado. Os buracos negros de fato existem. Os astrônomos os têm encontrado no coração das galáxias. Mesmo nossa Via Láctea abriga um deles. Eles são ubíquos na astrofísica moderna e frequentemente aparecem nas capas de revistas. Einstein não viveu o suficiente para ver os buracos negros terem o lugar de destaque na astronomia. Ele faleceu em Princeton, New Jersey, em 1955. Mas muito antes disso ele havia perdido qualquer interesse por estes bizarros objetos compactos que faziam mofa para o senso comum em matéria de espaço e tempo. Havia várias razões para esta falta de interesse. Primeiro, a década de 1920 tinha testemunhado o nascimento de uma nova teoria da matéria – a mecânica quântica. Esta teoria interpreta a realidade em termos de acaso e probabilidade, a qual para Einstein, que era inveterado determinista, absolutamente não era do seu gosto. “Deus não joga dados”, gostava ele muito de dizer. Ele levou os últimos trinta anos de sua vida tentando desenvolver uma grande teoria que unificaria as forças da gravidade e o eletromagnetismo, e evitaria este indeterminismo profundamente ofensivo. Com tudo, as demandas que infelizmente vêm com a fama consumiram um bocado do seu tempo. Durante a Segunda Guerra Mundial, por insistência do físico Húngaro Leo Szilard (1898-1964), Einstein escreveu ao presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, incentivando-o a deslanchar um programa com o fim de construir uma bomba atômica. Einstein era um pacifista dedicado, mas sua experiência do Nazismo (ele teve que fugir da Alemanha para escapar dele) convenceu-o de que realmente não havia escolha. Era de suprema importância bater Adof Hitler na reta final. Contudo, após Hiroshima e Nagasaki, ele influenciou incansavelmente para banir todas as armas nucleares e para uma reaproximação com a União Soviética. Em 1952, David Bem-Gurion lhe ofereceu a presidência do estado de Israel, mas ele recusou.
Uma pessoa solitária e reverenciada, Einstein se tornou cada vez mais afastado dos êxitos da física contemporânea. Ele mostrava pouco interesse nas grandes descobertas que revolucionaram a física das partículas na década de 1950, e nunca cedeu em sua oposição à mecânica quântica, a despeito de seus repetidos sucessos sobre o comportamento dos átomos. Para explorar esses bizarros buracos negros, ele os deixou para seus colegas físicos mais jovens, e não tomou parte neles a partir de 1940 em diante. Como eles se engajaram no mundo dos buracos negros, seus jovens colegas passaram a descobrir um fantástico fenômeno após outro.
terça-feira, 10 de junho de 2008
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