sexta-feira, 25 de julho de 2008

A ÚLTIMA SINGULARIDADE

Jules começa a ponderar sobre as propriedades do buraco negro que ele deve reportar aos seus leitores da Terra. Graças ao seu conhecimento de física, ele sabe todas suas externas características – a intensidade da atração gravitacional, a curvatura do espaço que ele causa, o desvio do caminho da luz, a forma do tamanho de sua superfície do horizonte – dependem somente de três parâmetros: a massa do buraco negro, seu movimento de rotação, e sua carga elétrica. Qualquer outra informação do buraco negro está perdida. Uma vez formado, ele perde qualquer memória de seu progenitor. A composição química, o odor, a forma, a textura, a cor, e o tamanho do objeto que deu origem a ele são para sempre perdidos e anulados. Como tal, os buracos negros constituem um poço de informação no universo.
Suponha, por exemplo, que a mão de um gigante comprime você suficientemente para transformar você num buraco negro, e que o mesmo destino acontece com seu amigo que ocorre ter exatamente a mesma massa que você. Os dois buracos negros resultantes serão indistinguíveis quando vistos de fora. Eles terão a mesma massa, o mesmo movimento de rotação (a saber, zero, se nem você nem seu amigo estavam girando no momento de suas desgraças), e carga nula (pois as cargas positivas e negativas se equilibram exatamente em seus corpos). Um observador que compara estes dois buracos negros de fora não teria nenhuma maneira de dizer quem de vocês produziu qual objeto. Informação sobre seus sexos, suas raças, a cor de seus cabelos e dos olhos, seus tamanhos, as roupas que estavam vestindo, a forma de seus corpos – tudo isto terá sido apagado no momento em que você se tornou um buraco negro.
Jules sabe a massa do buraco negro. Ele tem dez vezes a massa do Sol. Sua carga elétrica é nula, porque se o buraco negro tinha um carga positiva ou negativa, ele teria há muito tempo atraído partículas do gás interestelar com carga oposta para compensar a sua. Quanto ao movimento de rotação, Jules já pode medir quão forte é baseado na massa furiosamente em redemoinho do gás interestelar que espirala em direção a anelante boca negra, afogada por sua irresistível gravidade. De fato, Jules já esperava que este buraco negro girasse rapidamente visto que a estrela massiva que lhe deu origem girava também com muita rapidez. Na medida em que colapsa para dentro, o corpo estelar resultante pode somente aumentar sua velocidade de rotação posteriormente, exatamente como um patinador do gelo gira mais rápido quando ele recolhe seus braços ao longo do seu corpo. A velocidade de rotação aumenta em proporção ao inverso do quadrado do raio da estrela colapsada. Devido a este movimento de rotação, a superfície do horizonte não é perfeitamente esférica. Em vez disso, é ligeiramente achatada nos pólos e saliente no equador, do mesmo modo que a Terra está sujeita às forças centrífugas devido a sua rotação.
Jules faz um rápido cálculo. Se dez massas solares estão uniformemente distribuídas num volume mais ou menos esférico de raio 30 km, a densidade da matéria será cerca de 2x1014 g/cm3, que é 200.000 bilhões de vezes maior do que a densidade da água. Contudo, Jules sabe que a matéria dentro de um buraco negro é qualquer coisa menos uniformemente distribuída. Realmente, a teoria da relatividade diz que toda a matéria deve estar concentrada numa região infinitesimalmente pequena do espaço somente10-33 cm de tamanho, ou 10 milhão x bilhão x bilhão de vezes menor do que um átomo. Os físicos chamam tal região uma “singularidade.” Exceto um fino fluxo de gás interestelar que flui para dentro do buraco negro, tudo dentro é essencialmente um vácuo – um vácuo que se estende da superfície do horizonte à singularidade.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

UM COLORIDO ARCO-IRIS DISCO DE GÁS


Após seis anos de jornada interestelar de acordo com o calendário de bordo – 10 anos pelos padrões da Terra – o buraco negro em Centauro está á vista. Pela janela de sua espaçonave, Jules vê uma magnífica vista. O buraco negro manifesta sua presença pela atração que exerce no gás interestelar circunvizinho. Composto de três quartos de hidrogênio e um quarto de hélio, este gás constitui o remanescente do envoltório de estrelas explodidas no espaço interestelar durante a morte explosiva (essas explosões são chamadas supernovas). O gás não é muito denso. Contém em média um átomo de hidrogênio por centímetro cúbico, ele é dezenas de bilhões vezes bilhões menos denso do que o ar que respiramos. Contudo, sendo sugado de todas as direções , torna-se crescentemente denso e se move cada vez mais rápido na medida que se aproxima do buraco negro. A matéria gasosa não cai direto na boca anelante do buraco negro. Antes, arrastado pela rápida rotação do buraco negro, ele cai em espiral gradualmente até que eventualmente mergulha nele. As forças centrífugas devido a rotação fazem o gás se compor num disco achatado semelhante a um ovo frito, com o buraco negro ocupando o que seria a gema. Devido a matéria do disco ser acrescida pelo buraco negro, refere-se a ela como um disco de acreção.
Da aparência amorfa e letárgica longe do buraco negro, onde a gravidade e a atração são fracas, o gás se torna furiosamente agitado na vizinhança do buraco negro devido a gravidade e atração muito mais forte que prevalece aí. Os átomos do gás colidem e aquecem. Iniciando de um frio de -260o C longe do buraco negro, a temperatura alcança milhões de graus perto dele. Devido a esta tremenda faixa de temperatura, o disco emite uma paleta de radiação. Na borda exterior do disco, distante do buraco negro, a luz emitida pelo gás frio está na forma de ondas de rádio. À medida que a distância ao buraco negro decresce, a luz se torna incrementalmente energética e aparece sucessivamente na forma de microondas (do mesmo tipo que nos fornos de microondas), infravermelho, visível, radiação ultravioleta, e raios X, até os raios gama. Naturalmente, os olhos de Jules são sensíveis somente à luz visível. Pela janela da espaçonave, ele vê uma espécie de anel luminoso em torno do buraco negro, exibindo todas as cores o arco-iris, do vermelho na orla exterior do anel ao violeta na borda interior, passando pelo laranja, amarelo, verde, e azul. Para detectar os outros tipos de luz que seus olhos não conseguem ver, Jules confia nos instrumentos sofisticados que equipa sua espaçonave.
No centro do disco está uma região que absolutamente não emite radiação. Esse é o famoso buraco negro que Jules vai explorar. Ele está bem ciente de que o buraco negro tem uma superfície de horizonte além da qual ele não deve se aventurar se ele quiser ficar vivo. Passada esta superfície limite, a gravidade é tão forte que nada, seja radiação ou matéria, pode sair. Jules sabe que este limite tem um raio de 30 km, pois o raio de não retorno é 3 km para o Sol e a massa do buraco negro de Centauro é 10 vezes mais do que a do Sol, sendo o raio de não retorno proporcional à massa do buraco negro. A fim de explorar as propriedades do buraco negro sem risco, Jules decide colocar sua espaçonave numa órbita circular seguramente afastada da fronteira de não retorno. Ele escolhe uma órbita de raio 160.000 km, bem além da fatal distância de 30 km. Uma vez em órbita, Jules desliga as máquinas do foguete para economizar combustível. Ele sabe que provisoriamente ele já não precisa delas, pois a força centrífuga devido ao movimento circular do foguete se opõe à força de gravidade e mantém a espaçonave numa órbita circular, fora do alcance dos tentáculos do buraco negro. Sob estas condições o foguete completa uma revolução de um milhão de quilômetros em aproximadamente seis minutos.

terça-feira, 8 de julho de 2008

O Leão filho da Lua pousa de machão para os assalariados mas dá de ré para a bandidagem de colarinho branco...o Dantas, o Pitta. o Najas,etc e outros velhos conhecidos do povo brasileiro que continua mujindo...Daqui a uma semana todos estarão soltos pois alguem vai invocar a ´presunção de inocência´, o ´transitado em julgado´, o ´constrangimento ilegar´ e mais baboseiras da justiça chicaneira brasileira...

terça-feira, 1 de julho de 2008

´Transitado em julgado´, ´presunção de inocência´, ´constrangimento ilegal´ e outras baboseiras da chicanice brasileira levam à liberdade criminosos de todos os naipes, principalmente os barões pés-de-chinelo (aqueles sem pedigree de nobreza), ladrões dos cofres públicos, políticos, e toda a ralé da canalhocracia democrática nacional...