Realidade ou hipocrisia?
Tempos atrás o povo dos Estados Unidos era conhecido no mundo inteiro por ter um elevado grau de racismo em relação aos negros. Muitas batalhas e crimes apareceram nas páginas policiais dos jornais acerca do ódio que os brancos nutriam pelos negros. De repente o mundo vê o presidente Bush admitir negros no seu governo civil e nas forças armadas, e generais para comandar tropas em várias partes do mundo principalmente na guerra do Iraq como foi o comandante em chefe Collins Power, posteriormente nomeado Secretário de Estado daquele país.
No seu segundo mandato o presidente Bush tomou como Secretária de Estado a srta. Condoleezza Rice, também negra. Esses fatos se constituíram numa surpresa para muita gente, notadamente para o povo latino-americano. Entretanto se sabe que há um profundo preconceito em relação aos latinos, principalmente sobre os mexicanos. Após a tragédia do World Trade Center, em 11 de Setembro de 2001, esse preconceito foi reforçado contra os muçulmanos, o que é até compreensível.
Agora mais surpreendente é o momento atual. Há um negro como candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, o sr. Barack Obama de origem africana. A questão é: O povo dos Estados Unidos mudou seu consciente coletivo ou é hipocrisia?
Leopoldino Ferreira.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Conheça a verdadeira face do mal
Lançamento
Haverá o lançamento do livro, ´666 O Selo da Besta´, do autor Leopoldino Ferreira, no dia 12 de setembro próximo.
www.edicoesgalobranco.com.br
sac@edicoesgalobranco.com.br
Av. Presidente Vargas, 482, sl. 716, centro, Rio de Janeiro-RJ.
CEP: 20071-000 Tel.: (21)2283-1742 Telefax: (21)2253-8396.
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LENTES GRAVITACIONAIS
Jules tinha que voltar porque seu corpo já não podia suportar as forças de maré exercidas pelo buraco negro. Ficamos frustrados de não saber o que acontece do outro lado da superfície do horizonte. Adoraríamos contar o fim da história. Para satisfazer nossa curiosidade, gostaria de sermos um deus onipotente e dar a Jules o poder do super-homem para resistir às preponderantes forças de maré, as quais lhe permitiriam traçar seu caminho até a última singularidade.
No texto repassado, Jules descia em espiral descendente direto à superfície do horizonte. Ele não pode parar admirar o magnífico espetáculo do firmamento estrelado em torno dele. Apenas uma pequena parte do céu fica obscurecida por pelo disco opaco do buraco negro imediatamente abaixo dele. Diante de um fundo retinto, brilham inumeráveis pontos de luz, mostrando as estrelas da Via Láctea em todo seu esplendor. Com a ajuda de um telescópio de bordo, Jules pôde admirar mais objetos difusos e menos ofuscantes; esses são galáxias semelhantes à Via Láctea, reuniões de centenas de bilhões de estrelas ligadas pela gravidade, entre centenas de bilhões de outras formações que existem no universo observável. A primeira vista, pareceria que os buracos negros bloqueariam todas as estrelas e galáxias localizadas atrás dele. Na verdade isso seria o caso se a luz se propagasse em linha reta. Mas, como sabemos agora, não é assim. O campo gravitacional do buraco negro atua efetivamente como uma lente que dobra os raios de luz. A luz emitida por uma fonte pontual no extremo oposto do buraco negro surfam sobre o horizonte posterior e reconvergem no lado anterior para produzir um anel tênue emoldurando o disco obscuro. O buraco negro atua como as lentes de seus óculos, os quais curvam a luz para corrigir sua miopia. Contudo, neste caso particular, a lente não é feita de do vidro comum, mas do espaço distorcido e curvado pela gravidade do buraco negro. Daí o nome “lente gravitacional.” Dentro do anel que circunda o buraco negro, Jules pode vislumbrar múltiplas imagens de cada estrela bloqueada pelo buraco negro. A primeira imagem resulta da luz desviada à direita do buraco negro; uma segunda imagem do desvio à esquerda; outra terceira resulta da luz que circula completamente em torno do buraco negro, e assim por diante. A luz emitida por uma estrela tem diferentes caminhos através do campo de gravidade do buraco negro, criando assim múltiplas imagens. Jules não vê a estrela real, a qual fica obscurecida pelo buraco negro, mas múltiplas imagens dela.
Einstein havia predito esse fenômeno gravitacional já em 1936. Era essa uma das várias inesperadas ramificações da relatividade geral. Como todas as grande teorias científicas, esta, também, é um fabuloso e inexaurível tesouro que nunca cessa de dar novas riquezas aos físicos. Einstein havia calculado que quando duas estrelas estão exatamente alinhadas com a Terra, a mais distante produziria duas imagens: uma imagem pontual normal e, circundando-a, uma segunda imagem em forma de anel, que é a miragem gravitacional causada pela gravidade da estrela mais próxima. Einstein acreditava que tal alinhamento era altamente improvável e que ninguém veria uma miragem cósmica no céu. Uma vez mais, ele estava muito além do seu tempo. Só em 1979 foi identificada a primeira lente gravitacional, embora os atores envolvidos nesta saga eram bem diferentes do que Einstein havia previsto. A estrela distante era realmente um quasar, um desses objetos que emitem uma tremenda quantidade de energia que eles aparecem tão brilhantes como uma estrela próxima, a despeito de estarem localizados próximos ao limite do universo observável. O objeto mais próximo fazendo o papel de lente gravitacional era uma galáxia inteira, em vez de uma simples estrela. Quando a luz vinda do distante quasar aproximou-se do campo gravitacional da galáxia, ela tomou dois caminhos diferentes para ficar em torno dela, um pela direita outro pela esquerda, produzindo assim duas imagens absolutamente idênticas em cada lado da galáxia. De fato, foi precisamente a proximidade e a grande similaridade destas duas imagens que alertaram os astrônomos. Tal estupenda semelhança não podia ser acidental, mas somente podia resultar de múltiplas imagens de um único objeto.
Desde então, a procura por lentes gravitacionais tem continuado continuamente. Os esforços têm sido amplamente recompensados. Cerca de duas dúzias delas foram descobertas. As galáxias não são os únicos objetos capazes de atuar como lentes gravitacionais. Aglomerado de galáxias – coleções de milhares de galáxias ligadas pela gravidade – podem produzir belas figuras. As imagens de certas galáxias ou quasares distantes têm sido observadas em conjuntos de dois, três, e mesmo quatro. Se o alinhamento do objeto distante, a lente, e a Terra é perfeito, então as imagens tomam a forma de um anel, exatamente como Einstein previu. Com o mais leve desvio do alinhamento perfeito, o anel se parte em múltiplos arcos luminosos.
Os astrônomos tiveram um grande trabalho estudando lentes gravitacionais que eles acreditam que isso pode ajudá-los a resolver um dos grandes mistérios da astrofísica moderna – a saber, a massa escura do universo. Acontece que vivemos num universo que pode ser assemelhado a um iceberg. Mais de 90 por cento da massa do universo não emite qualquer radiação absolutamente. A matéria que brilha (estrelas e galáxias) é somente a ponta do iceberg. Contudo, há uma diferença fundamental entre um iceberg e o universo. Enquanto podemos estar certo de que a parte submersa de um iceberg é feita de gelo, a quantidade e a natureza da matéria escura permanece um mistério completo. Até que alguma luz possa ser derramada sobre o problema, os astrônomos estão literalmente tateando no escuro. Eles sabem que as lentes gravitacionais criam miragens cósmicas através do seu campo gravitacional, o qual por sua vez depende da massa total, tanto visível como invisível, contida na galáxia ou aglomerado de galáxias atuando como uma lente. Portanto, as miragens gravitacionais são como postos de sinalização da matéria escura e podem ajudar a determinar sua quantidade.
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Jules tinha que voltar porque seu corpo já não podia suportar as forças de maré exercidas pelo buraco negro. Ficamos frustrados de não saber o que acontece do outro lado da superfície do horizonte. Adoraríamos contar o fim da história. Para satisfazer nossa curiosidade, gostaria de sermos um deus onipotente e dar a Jules o poder do super-homem para resistir às preponderantes forças de maré, as quais lhe permitiriam traçar seu caminho até a última singularidade.
No texto repassado, Jules descia em espiral descendente direto à superfície do horizonte. Ele não pode parar admirar o magnífico espetáculo do firmamento estrelado em torno dele. Apenas uma pequena parte do céu fica obscurecida por pelo disco opaco do buraco negro imediatamente abaixo dele. Diante de um fundo retinto, brilham inumeráveis pontos de luz, mostrando as estrelas da Via Láctea em todo seu esplendor. Com a ajuda de um telescópio de bordo, Jules pôde admirar mais objetos difusos e menos ofuscantes; esses são galáxias semelhantes à Via Láctea, reuniões de centenas de bilhões de estrelas ligadas pela gravidade, entre centenas de bilhões de outras formações que existem no universo observável. A primeira vista, pareceria que os buracos negros bloqueariam todas as estrelas e galáxias localizadas atrás dele. Na verdade isso seria o caso se a luz se propagasse em linha reta. Mas, como sabemos agora, não é assim. O campo gravitacional do buraco negro atua efetivamente como uma lente que dobra os raios de luz. A luz emitida por uma fonte pontual no extremo oposto do buraco negro surfam sobre o horizonte posterior e reconvergem no lado anterior para produzir um anel tênue emoldurando o disco obscuro. O buraco negro atua como as lentes de seus óculos, os quais curvam a luz para corrigir sua miopia. Contudo, neste caso particular, a lente não é feita de do vidro comum, mas do espaço distorcido e curvado pela gravidade do buraco negro. Daí o nome “lente gravitacional.” Dentro do anel que circunda o buraco negro, Jules pode vislumbrar múltiplas imagens de cada estrela bloqueada pelo buraco negro. A primeira imagem resulta da luz desviada à direita do buraco negro; uma segunda imagem do desvio à esquerda; outra terceira resulta da luz que circula completamente em torno do buraco negro, e assim por diante. A luz emitida por uma estrela tem diferentes caminhos através do campo de gravidade do buraco negro, criando assim múltiplas imagens. Jules não vê a estrela real, a qual fica obscurecida pelo buraco negro, mas múltiplas imagens dela.
Einstein havia predito esse fenômeno gravitacional já em 1936. Era essa uma das várias inesperadas ramificações da relatividade geral. Como todas as grande teorias científicas, esta, também, é um fabuloso e inexaurível tesouro que nunca cessa de dar novas riquezas aos físicos. Einstein havia calculado que quando duas estrelas estão exatamente alinhadas com a Terra, a mais distante produziria duas imagens: uma imagem pontual normal e, circundando-a, uma segunda imagem em forma de anel, que é a miragem gravitacional causada pela gravidade da estrela mais próxima. Einstein acreditava que tal alinhamento era altamente improvável e que ninguém veria uma miragem cósmica no céu. Uma vez mais, ele estava muito além do seu tempo. Só em 1979 foi identificada a primeira lente gravitacional, embora os atores envolvidos nesta saga eram bem diferentes do que Einstein havia previsto. A estrela distante era realmente um quasar, um desses objetos que emitem uma tremenda quantidade de energia que eles aparecem tão brilhantes como uma estrela próxima, a despeito de estarem localizados próximos ao limite do universo observável. O objeto mais próximo fazendo o papel de lente gravitacional era uma galáxia inteira, em vez de uma simples estrela. Quando a luz vinda do distante quasar aproximou-se do campo gravitacional da galáxia, ela tomou dois caminhos diferentes para ficar em torno dela, um pela direita outro pela esquerda, produzindo assim duas imagens absolutamente idênticas em cada lado da galáxia. De fato, foi precisamente a proximidade e a grande similaridade destas duas imagens que alertaram os astrônomos. Tal estupenda semelhança não podia ser acidental, mas somente podia resultar de múltiplas imagens de um único objeto.
Desde então, a procura por lentes gravitacionais tem continuado continuamente. Os esforços têm sido amplamente recompensados. Cerca de duas dúzias delas foram descobertas. As galáxias não são os únicos objetos capazes de atuar como lentes gravitacionais. Aglomerado de galáxias – coleções de milhares de galáxias ligadas pela gravidade – podem produzir belas figuras. As imagens de certas galáxias ou quasares distantes têm sido observadas em conjuntos de dois, três, e mesmo quatro. Se o alinhamento do objeto distante, a lente, e a Terra é perfeito, então as imagens tomam a forma de um anel, exatamente como Einstein previu. Com o mais leve desvio do alinhamento perfeito, o anel se parte em múltiplos arcos luminosos.
Os astrônomos tiveram um grande trabalho estudando lentes gravitacionais que eles acreditam que isso pode ajudá-los a resolver um dos grandes mistérios da astrofísica moderna – a saber, a massa escura do universo. Acontece que vivemos num universo que pode ser assemelhado a um iceberg. Mais de 90 por cento da massa do universo não emite qualquer radiação absolutamente. A matéria que brilha (estrelas e galáxias) é somente a ponta do iceberg. Contudo, há uma diferença fundamental entre um iceberg e o universo. Enquanto podemos estar certo de que a parte submersa de um iceberg é feita de gelo, a quantidade e a natureza da matéria escura permanece um mistério completo. Até que alguma luz possa ser derramada sobre o problema, os astrônomos estão literalmente tateando no escuro. Eles sabem que as lentes gravitacionais criam miragens cósmicas através do seu campo gravitacional, o qual por sua vez depende da massa total, tanto visível como invisível, contida na galáxia ou aglomerado de galáxias atuando como uma lente. Portanto, as miragens gravitacionais são como postos de sinalização da matéria escura e podem ajudar a determinar sua quantidade.
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